A INCLEMÊNCIA NOS TEUS OLHOS
Qual sino que dobrasse dentro em mim
Saudades vão minando a resistência
Relembro nos teus olhos inclemência
E o vago que deixaste em meu jardim.
Não posso mais fugir da penitência
Herdada pelo quanto quis assim.
A noite de minha alma chega ao fim.
O resto? Obnubilando a paciência...
Às vezes mitigando o sofrimento
Recordo de teus olhos, tua pele
Sorrio, nem que seja um só momento.
Mas logo a consciência me repele
E volto qual um náufrago sedento
Oásis da saudade assim compele...
MARCOS LOURES
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