quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SAUDADE DO QUE FUI

SAUDADE DO QUE FUI

Saudades do que fui... Ah! Quem me dera
Poder não me lembrar deste rosal
Que morto já levou a primavera
Deixando este vazio sem igual.

Agora a solidão terrível fera
Tomando toda a casa, este quintal
As roupas não mais quaram no varal,
Lembrança me ferindo, uma quimera...

A sombra passeando pela casa
Daquela que se foi pra nunca mais.
Relógio devagar, também se atrasa

E a morte já não vem... sofrer demais,
Ardendo o coração em fria brasa
Eu sei não voltarás – amor – jamais!

MARCOS LOURES

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