sexta-feira, 17 de agosto de 2012

UM TRISTE CAMINHEIRO

UM TRISTE CAMINHEIRO

Pelo deserto; um triste caminheiro,
Encontra nas areias seu tesouro.
Quem sonhava um amor mais verdadeiro,
Esmeraldas, opalas, ou mesmo ouro

Nada encontrando, o sol doura-lhe o couro...
Num oásis palmeiras num outeiro,
Uma bela odalisca, bom agouro...
Um sonho, com certeza, alvissareiro.

A riqueza que traz não mais importa,
A beleza feroz, já o domina.
A lua no horizonte predomina;

A natureza abrindo sua porta...
Uma odalisca, bela como o sol...
Na fria noite o cobre, qual lençol...

MARCOS LOURES

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