quinta-feira, 16 de agosto de 2012

UM SONETO CÂNDIDO


UM SONETO CÂNDIDO

Qual fosse uma divina criatura
A moça que adentrou no escuro quarto
Em laivos de carinho e de ternura
Deixando quem amou, decerto farto.

No toque mais sutil, total brandura
Porém o seu retorno eu já descarto.
Talvez num outro dia pós a cura
Eu possa enfim dizer que não enfarto

Ao ver tanta beleza abandonada,
Deixada sem cuidado pelos cantos.
Matando o principal de seus encantos,

Murchando com desleixo tal florada.
Beleza iluminada, rara tília.
Portando em abundância, uma monília...

MARCOS LOURES

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