sábado, 18 de agosto de 2012

PALAVRAS VÃS

PALAVRAS VÃS

O vazio; eu conquisto em palavras tão vãs
Tentando alexandrino o canto que esbocei
Não quero ver se o gosto expresso nas maçãs
Transborde e serpenteie ao transtornar a lei.

Não passam de loucura as febres cortesãs
Nas quais em teu dossel às vezes me encontrei.
Quem sabe sem disfarce as luzes espiãs
Deletem o que sou ou o que não serei.

Vazio pode ser o copo quase cheio
Depende de quem olha ou mesmo de quem bebe
Quem veio de ouro fino ao ver a dura plebe

Não sabe quanto custa a vida sem recheio.
Mas mesmo assim insisto, ou nada mais seria
Que uma esperança agüenta a vida sem poesia...

MARCOS LOURES

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