quinta-feira, 13 de junho de 2013

BALA PERDIDA


BALA PERDIDA

Usando a poesia/canivete.
Palavras vão cortando a minha pele,
Aos becos, velhos guetos; me arremete,.
Lirismo, esta tolice vã, repele.

Vivendo sempre pela bola sete
Procuro uma ilusão na qual se atrele
Um sonho: carnaval, festa, confete
No Rio de Janeiro ou Nova Deli

Crianças mal vestidas, rotas rotas
Delícias tão distantes e remotas,
Sem rumo, traficando a própria vida,

Enquanto o tiroteio continua,
Imagem verdadeira nua e crua,
Matando por matar; bala perdida...


MARCOS LOURES

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