quarta-feira, 12 de junho de 2013

BENDITA SOLIDÃO


BENDITA SOLIDÃO

Por vezes silencio, quedo mudo,
Não tenho o que falar; apenas ouço.
É quando um ser estúpido, eu me iludo,
Mergulho neste imenso calabouço.

Arranco a minha pele e assim me expondo,
Assusto-te deveras, companheira.
E quando à madrugada; sonhos rondo,
Minha alma se mostrando verdadeira,

Carcaça mal cheirosa que carrego,
Usando como fosse uma armadura,
Insânia me tomando, e já me entrego,
Imerso na mais trágica amargura...

E quando estou calado, me liberto,
Reflete em meu olhar um vão deserto...


MARCOS LOURES

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