quarta-feira, 17 de julho de 2013

UNICAMENTE


UNICAMENTE

Unicamente sendo por talvez
Expressar o quanto pude e não refaço
Se o magistral permanecer diz passo
O que a verdade poderá não vês


Se eu sou medonho e no disfarce crês
O meu caminho em podridão eu traço
E no poder que da senzala espaço
Ocupa alcanço a procurar porquês


Não mais liberto ou tentaria ser
O que decerto sonegou prazer
Não vale a pena nem se Deus quisesse


Assim se mudo ou transmudo em prece
O quanto valho e na verdade vejo
Não merecendo nem sequer desejo.


MARCOS LOURES

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