VELHOS
CÁLICES
Quebrando
os velhos cálices que um dia
Pudessem
divisar novo milagre
Que
tanto se desdenha e se avinagre
Envolto
pelas sombras da heresia,
O
canto que de fato não se ouvia
O
beijo mais amargo, não consagre
O
tempo que pudesse e nunca sagre
O
verso quando o avesso se veria,
Mergulho
nos anseios de outras eras
E
brindo sem vigor com tais panteras
Esperas
insensatas de outros vãos,
Escondo
meus cristais noutra gaveta
E
o mundo que se queira não cometa
Além
das velhas farsas, novos nãos...
MARCOS
LOURES
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