segunda-feira, 13 de outubro de 2014

BALA PERDIDA

BALA PERDIDA

Usando a poesia/canivete.
Palavras vão cortando a minha pele, 
Aos becos, velhos guetos; me arremete,. 
Lirismo, esta tolice vã, repele.

Vivendo sempre pela bola sete
Procuro uma ilusão na qual se atrele
Um sonho: carnaval, festa, confete
No Rio de Janeiro ou Nova Deli

Crianças mal vestidas, rotas rotas
Delícias tão distantes e remotas, 
Sem rumo, traficando a própria vida,

Enquanto o tiroteio continua, 
Imagem verdadeira nua e crua,
Matando por matar; bala perdida...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: