BALA PERDIDA
Usando a poesia/canivete.
Palavras vão cortando a minha pele,
Aos becos, velhos guetos; me arremete,.
Lirismo, esta tolice vã, repele.
Vivendo sempre pela bola sete
Procuro uma ilusão na qual se atrele
Um sonho: carnaval, festa, confete
No Rio de Janeiro ou Nova Deli
Crianças mal vestidas, rotas rotas
Delícias tão distantes e remotas,
Sem rumo, traficando a própria vida,
Enquanto o tiroteio continua,
Imagem verdadeira nua e crua,
Matando por matar; bala perdida...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário