sexta-feira, 17 de outubro de 2014

NO ESCURINHO E SEM CINEMA

Tucanolândia - capítulo 15 - No escurinho é muito melhor...

 


Vivíamos o ano de 2001. Tucanolândia vivia, com seu rei, Fernando Henrique Caudaloso, famoso sociólogo e intelectual, o seu iluminismo cultural. Nunca, na história do reinado, houvera um homem mais culto, conhecedor profundo de vários idiomas, doutor honoris causa em diversas Universidades do mundo inteiro, até de Piriri do Norte, como falamos anteriormente.
Pois bem, o rei Fernando Henrique Caudaloso primeiro, por uma questão política, coisas de aliança, nomeou para o Ministério das Minas e Energia, um famoso senador, Joseph George, conhecido no mundo científico como um dos maiores conhecedores sobre energia e afins, no reinado da Tucanolândia.
Vários especialistas diziam que haveria necessidade de investimentos no setor de produção de energia. Mas, isso era coisa da oposição, como dizia o sábio Joseph George.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional, co-mandatário do reino, tinha ordenado que se economizasse dinheiro, tornando esses investimentos proibitivos e proibidos.
Como bom cabrito não berra e, na hora que precisava de grana, o Rei Fernando corria para o Fundo e pegava mais e mais dinheiro para garantir a “governabilidade” do reinado, Dom Fernando não liberou a grana.
Também para que precisaria se o Ministro afirmava que não seria necessário?
Entretanto, não sei porque cargas d’água ou, mais precisamente, por falta d’água, a canoa virou, ou mais precisamente, afundou no barro, já que a fonte secou...
Então, como era de se esperar, começaram a haver episódios de blecaute, o que levou o reinado a uma situação desesperadora.
Afinal de contas, blecaute que o povo queria, infelizmente já tinha morrido, e fazia sucesso somente nos tempos de carnaval.
Mas, Dom Fernando não se fez de rogado não.
A culpa, obviamente foi transferida para São Pedro, senhor das águas e do tempo.
O pato, mais uma vez foi pago pelos súditos, que tiveram que economizar energia, num ato patriótico emocionante e digno.
Já as empresas que tinham comprado o sucateado sistema de distribuição de energia não podiam ficar no prejuízo.
Solução – aumentar as tarifas energéticas.
Quem paga – os súditos...
Obviamente, os leilões de venda das distribuidoras de energia foram colocados sob suspeita, já que o preço pago pelas compradoras era bem menor do que o de mercado.
Total da brincadeira de acende-apaga: 22 bilhões e meio de reais; pagos pelos súditos e transferidos para as empresas da área.
Somente para completar temos que observar o seguinte:
Joseph George ressurge hoje, como candidato a vice rei da chapa de Gerald Aidimin, para alegria de quem quiser comprar estatais a preço de banana, ainda temos algumas como a Petrobrás, a Eletrobrás, Furnas, entre outras...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: