O Amor - Vladimir Maiakovski.
Talvez quem sabe um dia,
Por uma alameda do zoológico,
Ela também chegará.
Ela, que também amava os animais,
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa.
Ela é tão bonita,
Ela é tão bonita,
Que na certa eles a ressuscitarão.
O século XXX vencerá.
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias.
Agora vamos alcançar
Tudo o que não podemos
Amar na vida.
Com o estelar das noites
Inumeráveis,
Ressuscita-me,
Ainda que mais não seja,
Porque sou poeta
E ansiava o futuro.
Ressuscita-me,
Lutando contra as misérias
Do cotidiano,
Ressuscita-me por isso!
Ressuscita-me,
Quero acabar de viver
O que me cabe,
Minha vida,
Para que não mais existam
Amores servis.
Ressuscita-me,
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco.
Ressuscita-me,
Para que a partir de hoje,
a partir de hoje,
a partir de hoje,
a família se transforme.
E o pai, seja pelo menos
O Universo.
E a mãe, seja no mínimo
A Terra,
A Terra...
Por uma alameda do zoológico,
Ela também chegará.
Ela, que também amava os animais,
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa.
Ela é tão bonita,
Ela é tão bonita,
Que na certa eles a ressuscitarão.
O século XXX vencerá.
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias.
Agora vamos alcançar
Tudo o que não podemos
Amar na vida.
Com o estelar das noites
Inumeráveis,
Ressuscita-me,
Ainda que mais não seja,
Porque sou poeta
E ansiava o futuro.
Ressuscita-me,
Lutando contra as misérias
Do cotidiano,
Ressuscita-me por isso!
Ressuscita-me,
Quero acabar de viver
O que me cabe,
Minha vida,
Para que não mais existam
Amores servis.
Ressuscita-me,
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco.
Ressuscita-me,
Para que a partir de hoje,
a partir de hoje,
a partir de hoje,
a família se transforme.
E o pai, seja pelo menos
O Universo.
E a mãe, seja no mínimo
A Terra,
A Terra...
TRADUÇÃO C VELOSO
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