quarta-feira, 15 de outubro de 2014

VOO CEGO

Alçando um voo cego
Nego o chão que piso
E tento flutuar
Nas asas deste sonho.
Estupidamente
Lembro-me de Ícaro.
Fazer o quê?
Mais cedo ou mais tarde
Eu sabia que iria sentir
Na própria pele
Toda a solidez do solo...

MARCOS LOURES

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