SOMBRAS
As
sombras são fatais e quando as vejo,
Teimando contra a fúria corriqueira
Pereço e na verdade sem quem queira
Apenas solitário o meu desejo.
E tanto poderia, sem ter pejo
Viver a sorte mesmo, derradeira,
E nada do que fosse esta bandeira
Amortalhada senda assim prevejo.
Reside em mim ainda quem se fez
Outrora na completa insensatez
Um sonhador romântico em lirismo.
Porém o caminhar ensina tanto
E quando me percebo me adianto
E encontro este beiral, imenso abismo.
MARCOS LOURES
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