domingo, 13 de dezembro de 2015

Numa ávida ilusão feita quimera
A boca se escancara furiosa
Enquanto a própria vida já se glosa
Apascentar a fúria de uma fera

E dela toda a sorte degenera
E muda esta faceta cor de rosa
Agrisalhando o olhar se ri e goza
Do pânico que atroz, em todos gera.

A morte se mostrando nua e crua
Deveras nos tortura e continua
Atormentando até chegar o fim

E pútrido penhor nos devolvendo,
A carne noutra pasta convertendo
Aduba das daninhas o jardim.

marcos loures

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