Qual fora perseguindo este raro astro
Depois de tempestades no horizonte
Sem sol que ainda veja e não desponte
O barco não tem leme e perde o mastro,
Afundo enquanto em dores eu me alastro,
Mergulho no abissal buscando a ponte
Que um dia poderia ser a fonte
Não vendo do futuro sequer rastro.
Rastejo sobre pedras, réptil vago
E a morte com prazer ainda afago
Beijando a sua boca em podridão,
E o medo não produz qualquer mudança
A faca no pescoço adentra e avança
Com fúria numa exata direção.
marcos loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário