Insano caminhante procurando,
Procuro algum momento embora veja,
O canto noutro encanto ainda seja
O mundo desenhado desde quando.
O templo quantas vezes, exilando,
Os olhos da presença da peleja
Traçando a linha mostra o quanto eleja
Vivendo o tempo em tempos mais brando,
Vestindo nos farrapos quando venha,
Tramando onde pudera e não tivera,
A boca escancara e como fera.
Abrindo no vulcão, esta cratera,
E sinto quantas vezes, não convenha,
A garra solidão, nunca me espera...
MARCOS LOURES
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