Reparo cada passo que pudesse,
E bebo em tua boca encanto e luz,
Insano caminhante, intenso em cruz,
Alçando o quanto reste mesmo em prece,
Mas sei da sina que transmite o fim,
Versando sobre o medo que me deste,
E nada se perceba ainda e veste
A luta desenhada dentro em mim,
Carcaças dos meus sonhos, e dos versos,
Velado quando outrora se pousara
E nada desdenhada a face rara
Dos dias desejando a noite clara,
E sinto o meu momento sem sentido,
Vivendo por viver, o mero olvido...
MARCOS LOURES
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