domingo, 20 de maio de 2018


A morte do poeta e o nada são
Figuras que se tocam, na verdade
Enquanto a solidão ainda invade
O tempo se tornando negação

Do quanto quis tomar a direção
E tendo a ventania que degrade,
Apenas encontrando frio e grade
Estrelas espalhadas pelo chão

Medonhas esperanças, tosco fim
Dizendo do que outrora fora assim
E ainda permanece inalterado,

Nascido nas divinas alterosas,
Plantando e recolhendo espinho e rosas
O trovador se perde no passado.

MARCOS LOURES

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