Panaceia
A vida em panaceia bem pudesse
Tramar o que talvez já não me veja
E tanto quanto a sorte da peleja
Presume no final a rude messe.
E possa obscurecer enquanto tece
A noite que deveras sempre seja
O todo quando a vida que se almeja
Somente o desvario agora expresse.
Resumos de outras frágeis transparências
E possam ser além de consciências
As rotas entre tantos desvarios,
O tempo mais sutil e a voz suave
Que possa demonstrar o que se agrave
Envolvo nestes fartos desafios.
MARCOS LOURES
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