Sangrias
No fim de todo sonho apenas vejo
Sangrias mais diversas e ferrenhas
E quando na verdade mal contenhas
Gerando tão somente o ledo pejo,
A vida noutro tanto não desejo
E quase me alucino quando venhas
E tramas o que agora não empenhas
Marcando com terror este verdejo.
Não pude e nem devesse ter nas mãos
Os ócios mais diversos, rudes grãos
Gerando em solo rude a hipocrisia,
Meu canto sem proveito ora percebes
E quando ao adentrar antigas sebes
Apenas a verdade se veria.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário