O MANTO MAIS ATROZ DESTE DESEJO
Não quero e nem pudera ser diverso
Do tanto que procuro e nada vejo
O manto mais atroz deste desejo
Expressa esta vertente e me disperso.
Resumo do que tento noutro verso
Vagando sem saber em torpe pejo
O mundo quando tento num lampejo
Ousar além de todo este universo.
Matando pouco a pouco o que inda resta
A sorte se desenha mais funesta
E o verso sem sentido lacrimeja,
A porta se entreabrira, mas sei bem
O quanto na verdade não contém
Sequer o quanto dita esta peleja.
MARCOS LOURES
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