O QUANTO TRAGO
Não posso mais conter o quanto trago
Em fúria ou mesmo dor, já que deveras
A vida num instante a destemperas
E neste delirar eu vejo o estrago
E quando no vazio ora me alago
E bebo as mais atrozes, vãs quimeras
Exposto aos meus anseios e quimeras
O corte se aprofunda e apenas vago,
Tentando alguma luz onde sabia
Somente a noite escura, opaca e fria
Medonha madrugada em tempestades,
E o quanto poderia, mas não veio
E o caos se transformando sem rodeio
Aonde num instante tanto evades.
Ml
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