A FACA NO PESCOÇO
Aprendo com a faca no pescoço,
Presumo o fim do jogo e nada mais,
A vida se mostrando em tão venais
Caminhos sem sentido em alvoroço,
O quanto poderia mesmo moço
Viver outros momentos desiguais
Diversos do que tanto demonstrais
O corte se mostrando fundo, ao osso,
Nas tramas e nas tralhas entrementes
Os olhos quando podem tanto mentes
Remetes ao que nega este horizonte.
Sementes espalhadas pelo solo,
A luta se moldando em raro dolo,
Sem nada que pudesse ou que desponte.
Loures
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