sábado, 18 de fevereiro de 2012

IMAGEM SEM IGUAL

IMAGEM SEM IGUAL

Num templo abandonado no deserto,
Encontro tua imagem, cristalina.
Dos sonhos que já tive, estive perto,
Imagem tão risonha me alucina!

Não sabia: sonhava ou mais desperto,
À sombra do retrato, minha sina!
Amor, o sentimento que eu oferto,
Àquela cuja imagem determina.

Um sonho? Um vão delírio de um poeta?
Não posso precisar, falta certeza.
Qual força me enlouquece e arquiteta

O rosto desta bela criatura
Em pleno afresco fosco, esta beleza,
A imagem sem igual se configura...

Loures

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