QUEM HÁ DE?
Alvorada onde eu busco o meu desejo.
Nos braços das estrelas, adormeço.
O canto que dedicas, não mereço,
O medo de morrer a cada ensejo,
Na palidez tristonha, nada vejo,
A vida me transmuda sem tropeço.
Espero fantasias, adereço,
Em meio a tempestades, final, prevejo...
Nos campos procurando uma açucena,
A cor maravilhosa da verbena
Encanta meus olhares, me alucino...
Por quantas noites, vida em paz se evade,
Amor é sentimento em desatino.
A minha salvação: dizer quem há de?
LOURES
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