MEU DELÍRIO
Trago-te meu delírio e meu remendo...
Minha alma se esgotou sem teus pendores...
As ondas que navego, sem as cores,
São lumes que jamais, de novo, acendo...
Carinhos tão chagásicos vivendo,
Palpitam no meu sol, meus estertores...
Martírios deste mundo sem amores,
O corte do desejo em dividendo
Meu mundo não permite fantasia
Fanáticos momentos são inglórios...
A morte dos meus sonhos, sem velórios,
O canto da saudade é garantia.
Meu astro se desfaz num vão momento,
E trama tão somente o falso alento...
LOURES
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