Arranco esta emoção e esmago o velho peito,
Matando o que restou de um louco sentimento.
Quem tanto se entregou, agora vai sem jeito
Depois da tempestade apenas manso vento
Tomando qual posseiro, inteiro o pensamento.
Qual fosse um viajante a cada curva espreito,
Aguardo, tocaiando, um novo e bom momento
Aonde em salto livre, invada o parapeito
E sinto, finalmente, o gozo libertário
Que faz do amor sereno apenas ilusão.
Não quero esta palavra algoz de um coração.
Arrancando de mim o cruel adversário
Meu verso se faz forte e até mesmo mais duro
Ao despolinizar, tornando-me, enfim, puro...
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