quinta-feira, 29 de março de 2012

Bem sei que minha morte apagará lembranças

Bem sei que minha morte apagará lembranças
Do riso cometido e da lágrima que abriga.
O quanto que não fui, amargas esperanças,
O sonho insatisfeito, uma agonia antiga.
Promessa inconseqüente exposta em contradanças
A falsa gargalhada, o amor que desabriga.
Alma que vocifera e vai sem temperanças
Nem rastro do que fui, nem sombra ou luz amiga.
Morrer completamente, uma ausência absoluta!
Matéria transformada. Apenas a certeza
Desta transformação um eterno ilusório.
Da massa que restar em forma podre e bruta
A vida se refaz em mágica beleza
Por isso minha amiga, esqueça o crematório!

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