sexta-feira, 2 de março de 2012

GABRIEL

Meu filho; em pleno amor foi-me ofertado,
Na sorte tão feliz que Deus me deu.
No beijo que esperança tem me dado,
Em meio a tantas luzes, já nasceu.

Teu pai que sempre foi um homem triste
Nos versos que te faço, eu te agradeço,
Amor igual, maior jamais existe,
De tantos que já tive, eu envelheço...

E sinto que na morte que me toca,
Domando essa minha alma sem sossego,
Amor que d’outro amor não pede troca,

Não cobra nem sequer um aconchego.
Mesmo distante brilhas e és meu céu,
Meu anjo, meu amado Gabriel!

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