Torrentes de martírios e de dores
Desvarios soturnos da saudade.
Vivendo minha vida em estertores
Nas insalubres hostes da maldade.
Ventríloquo da sorte que não tenho,
Num solilóquio louco, em desatino.
Do mundo tenebroso de onde venho,
Cadáveres dos tempos de menino.
Na pútrida inverdade que cerzi
Com partes abortadas de minha alma.
O pântano e charneca estão aqui
Somente a solidão fera me acalma...
Morrendo nos meus versos em mormaço,
Deitando sobre as cruzes meu cansaço...
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