Imensas catedrais distantes dos meus sonhos
Intensos vendavais resumem serenatas.
Às vezes me esquecendo o quanto são medonhos
Os dias em que durmo além das luas pratas.
Por vezes sei o quanto em meus versos bisonhos
Os rios negam mar, porejam nas cascatas
Enfronho o meu desejo ao passo em que, risonhos,
De cálices desfruto ouvindo tais sonatas
Emergidas do nada, alcançando os ouvidos,
E traduzindo o quanto em nada eu me criei.
Nos gládios deste sonho, o barco naufragado
O passo já previsto, os olhos nos olvidos
Deixando para trás o que pensara lei.
Amiga; por semente, o vaso já quebrado
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