Meras presas
Aspiro ao quanto possa algum desejo
E nada mais se veste como outrora
O barco noutro cais já se demora
E a vida muda a todo novo ensejo,
O tempo velho e rude relampejo
Expressa o quanto quero e sem ter hora
A sorte se perdendo desde agora
Espalha seu terror e esquece o pejo,
A fera em incertezas na tocaia
Aguarda o quanto a dita enfim nos traia
E avança neste bote sem defesas,
E tudo o quanto houvera em raro brilho
Esparsa o que decerto, insano eu trilho,
Meus passos de teus saltos, meras presas.
Loures
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