sábado, 10 de março de 2012

Nestas águas tão claras que navego

Nestas águas tão claras que navego
Em busca da sereia que fugiu,
O rastro que encontrei escapuliu
Na luz que me deixou vazio e cego.

Amor que sei imenso e nunca nego,
Ao mesmo tempo santo se faz vil.
Meu mundo neste mar se dividiu
Em correntes marinhas que trafego.

Buscando minha amada, a tal sereia,
Qual náufrago termino em plena areia.
No sol que me castiga, a salvação!

Fortuna me negou o manso vento,
Voando, neste indócil pensamento,
Mergulho no oceano da paixão!

Nenhum comentário: