A PAZ QUE TRAMAS
Não quero e nem procuro a paz que tramas
Envolta nas mentiras e terrores
Seguindo este caminho aonde fores
Por vezes entranhando em lodos, lamas.
Esqueço o que pudesse em ledos dramas,
E sei que na verdade os vãos horrores
Matando com certeza tantas flores
Negando da esperança claras chamas,
Plastificado riso que me dás
E nisto se escondendo o mais audaz
Momento enquanto a paz não conhecia,
Vivendo sem sentir o que pudesse
Traçar neste segundo qual benesse,
Amortalhando a própria poesia...
Loures
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