Quando, no entardecer eu sinto a ventania
Batendo no meu rosto exposto ao sol,
Relembro do que fora apenas fantasia
Perdido sem destino, um barco sem farol
Há tempos dentro em mim a sorte se escondia
Fingindo ser feliz; negara o girassol.
Sangrando em nascedouro, abortando o meu dia
Bebendo da tristeza; isolando-se: atol.
A noite traz o luto, o sol já se escondeu.
Amor que tanto eu quis, percebo que morreu
Nos braços da saudade, adormecer? Quem há de...
Amar e ser feliz: um sonho benfazejo.
Porém a solidão explode num bafejo;
Em ventania intensa, adentra pela tarde...
Nenhum comentário:
Postar um comentário