SEM DEFESAS
Nada além do quanto pude outrora
E vejo se perdendo dia a dia
O mundo no não ser já se faria
E apenas o que lembro me devora,
A fúria noutro cais hoje se ancora
Ausente nos meus passos a harmonia
A senda mais distante atroz e fria,
O passo noutro ritmo me apavora.
Ocasos entre sombras do que fui
E o tanto que restara já não flui
Apenas se esgotando sem proveito,
Deitando o quanto possa noutra senda
A falta de esperança se desvenda,
E quieto, sem defesas, tudo aceito...
Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário