Sucumbe a cada pranto, amor insano
Que bebe dos incensos da loucura
Arremessado à sorte e desengano,
Pressupõe tão somente uma tortura.
O rito em que se faz ser desumano
Transborda qualquer pote em amargura.
Do mel ao fel mudando cada plano
Enveredando em dor, olho perfura.
Medonhas existências que se vão,
Negadas em princípio, duro aborto.
Quem teve alguma espera, sem um porto
Não sabe mais se quer atracação.
Sequer uma alegria se sussurra
Amor que dentro da alma se fez curra...
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