Tu queres que eu balance este coqueiro
E fale prontamente uma verdade.
Do quanto nada fui, mergulho inteiro
Sou íntimo do medo e da saudade.
Porém quando quebrei o meu tinteiro
Não soube mais pintar com qualidade,
Meu verso vai saindo traiçoeiro
E morde enquanto assopra a tempestade.
Sou vesgo e a miopia me consome,
Um dia em diabetes fico cego.
A sombra do que tive vai e some
Mentindo vou dizer que já me apego
Ao último resquício do que fui
Enquanto o meu castelo inda não rui...
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