Batuca no meu peito uma saudade,
Da tarde que pensei que nunca vinha;
Eu tinha tal temor à claridade,
Que toda essa saudade já foi minha.
Se aninha no meu peito uma vontade
Da tarde que virás aqui sozinha,
Uma avezinha canta em liberdade,
Saudade que pensei que já não tinha.
Já se avizinha um canto de verdade,
Mas arde uma saudade que se alinha,
Na linha que traçamos, em tenra idade,
Da eternidade amor meu engatinha.
Sozinha, sempre irás sentir vontade.
De ser, somente minha, sem saudade...
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