MINHA ALMA.
Minha alma se tornara mais aguda
Imersa nas entranhas das manhãs
E mesmo quando as vozes, seus afãs,
As tramas entre tantas, sem ajuda,
E o verso que pudera enquanto acuda
Ousando perceber vidas malsãs
Envoltas nos delírios, sutis cãs
Expressam o que o tempo ora transmuda.
Arcando com crepúsculos e medos,
Vencidos os dispersos desenredos
Enredo-me deveras nas tramoias
Que tanto poderiam me traçar
Um novo e mais suave caminhar,
Porém enfrento em luto minhas Troias...
Loures
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