UM MERO JOGO
Não quero a marca amarga do que tanto
Tateias envolvendo cada engano
E mesmo quando após o vão me ufano,
Apenas noutra face, o desencanto,
E sei do que pudesse quando canto
Matando em nascedouro qualquer plano,
O prazo que se faça soberano
E o verso num momento em acalanto,
Mas posso resumir neste não ser
A morte do que possa parecer
O sentimento exposto a ferro e fogo,
O amor já não seria mais capaz
Sequer de imaginar a viva paz
E toda esta bravata é mero jogo...
Loures
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