QUEM DERA
Te via nos pomares, laranjais,
Na morta casa viva nas lembranças;
O tempo que se foi não volta mais
Perdido no baú das esperanças...
Me recordo dos dias, das auroras;
Levando nos bornais peixes e rio.
A vida se renova sem demoras
Do que passou senão um leve fio
Que dói e que me corta, qual cerol.
E via em tuas pernas meu desejo
Aberto e se expandindo à luz do sol.
É só fechar os olhos que te vejo.
E vejo minha ausência de prazer
Quem dera se pudesse te prender...
MARCOS LOURES
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