MEU ÚLTIMO POEMA
Quanto implacavelmente vejo as cãs
Marcando cada instante em minha vida,
Preparo desde já minha partida,
Envolto por palavras sempre vãs,
Não tenho mais decerto outras manhãs
A sorte há tanto tempo carcomida,
Da força que tivera, adormecida,
As tramas fragilizam meus afãs.
E sei que meu momento ora se esgota
E tento, mas a vida diz derrota,
E apenas tão distante qualquer porto.
Soneto derradeiro, última seta,
De quem se mostra lasso, mau poeta,
Dos sonhos e ilusões, fui mero aborto...
Marcos Loures
Amigos, com este soneto encerro, para alívio de tantos, a minha obra poética. Irei republicar os sonetos e poemas que poderão também ser encontrados nos meus blogs.
Muito obrigado pelo apoio de todos e como atinjo meio século de vida e as forças já não são mais a mesma e a criatividade me abandona a cada dia, prefiro encerrar essa atividade que tanto prazer me deu. Um beijo na alma de todos vocês e muito obrigado por tudo.
07/04/2012
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