sábado, 7 de abril de 2012

MEU ÚLTIMO POEMA

MEU ÚLTIMO POEMA


Quanto implacavelmente vejo as cãs
Marcando cada instante em minha vida,
Preparo desde já minha partida,
Envolto por palavras sempre vãs,

Não tenho mais decerto outras manhãs
A sorte há tanto tempo carcomida,
Da força que tivera, adormecida,
As tramas fragilizam meus afãs.

E sei que meu momento ora se esgota
E tento, mas a vida diz derrota,
E apenas tão distante qualquer porto.

Soneto derradeiro, última seta,
De quem se mostra lasso, mau poeta,
Dos sonhos e ilusões, fui mero aborto...

Marcos Loures

Amigos, com este soneto encerro, para alívio de tantos, a minha obra poética. Irei republicar os sonetos e poemas que poderão também ser encontrados nos meus blogs.
Muito obrigado pelo apoio de todos e como atinjo meio século de vida e as forças já não são mais a mesma e a criatividade me abandona a cada dia, prefiro encerrar essa atividade que tanto prazer me deu. Um beijo na alma de todos vocês e muito obrigado por tudo.

07/04/2012

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