sexta-feira, 20 de abril de 2012

Contrastes

Contrastes

As armas que este amor pudesse ter
Na calma ou na tempesta, festa e dor,
Às vezes meu verdugo ou salvador,
No emaranhado louco do prazer,

E embora tantas vezes teu querer
Traduza muito além do mero amor,
Espinho que permite acesso à flor
Na etérea primavera do viver,

Aquieta o coração deste poeta
Que tanto em tuas sendas se completa
E segue cada passo que deixaste,

E sei que mesmo quando há um contraste
O brilho ultrapassando esta neblina
O quanto me atormenta ora fascina...

Marcos Loures

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