sexta-feira, 20 de abril de 2012

O TEMPO

O TEMPO

O tempo tão voraz derruba tudo,
Não deixa pedra sobre pedra... Nada...
Amor que te emprestei, porém; contudo,
Ainda faz a vida ser dourada...

Nesta profundidade em que me embrenho
Dos sonhos que não tive e nem vivi,
Aos poucos solidão fecha o meu cenho,
E sinto que talvez, eu te perdi...

Mas teimo em te manter nestas ruínas
Do que restou de mim, por sobre a terra,
Meus olhos se elevando nas colinas
Adivinhando a dor da dura guerra,

Procura por teus olhos, ansiosos,
Nos sonhos deste amor, voluptuosos...

MARCOS LOURES

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