sábado, 21 de abril de 2012

MATANDO A SOLIDÃO

MATANDO A SOLIDÃO

Por tanto tempo andei sem ter ninguém,
Nas ruas, nas bodegas, botequins,
Cansado destas noites de meu bem,
Ou outras melodias mais afins.

A noite em polvorosa vai e vem,
Minha alma carcomida por cupins
Olhando para os lados perco o trem
E morro nessas saias, puros brins.

Depois de tanta saia procurando,
A azul e amarela quis meu beijo,
Aos poucos, devagar foi me encantando.
Agora está deitada aqui comigo,

Passando as várias fases do desejo,
Agora em outra saia peço abrigo...

MARCOS LOURES

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