MATANDO A SOLIDÃO
Por tanto tempo andei sem ter ninguém,
Nas ruas, nas bodegas, botequins,
Cansado destas noites de meu bem,
Ou outras melodias mais afins.
A noite em polvorosa vai e vem,
Minha alma carcomida por cupins
Olhando para os lados perco o trem
E morro nessas saias, puros brins.
Depois de tanta saia procurando,
A azul e amarela quis meu beijo,
Aos poucos, devagar foi me encantando.
Agora está deitada aqui comigo,
Passando as várias fases do desejo,
Agora em outra saia peço abrigo...
MARCOS LOURES
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