CHORANDO EM CACHOEIRA
Um rio vai chorando em cachoeiras
Depois de te banhar, ninfa divina;
As águas te lambendo costumeiras,
Na fonte tão risonha e cristalina.
Se perdem rumo ao mar, em corredeiras;
Tocadas pela pele que alucina.
As línguas destas águas vão inteiras
Depois de te beijarem, bel menina.
E choram por partirem sem poder
Ficarem no teu corpo eternamente.
Usufruindo assim de tal prazer
Que determina a sorte de quem ama,
Pudessem percorrer mais lentamente,
Quem sabe nestas águas, fogo e chama?
MARCOS LOURES
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