O quanto resta
As vagas ilusões, caminhos tortos,
Postergam para além qualquer desenho
Que possa transformar o que inda tenho
Em novos afluentes, rumos, portos,
Meus sonhos entre enganos seguem mortos,
O prazo se destroça e quando venho,
Reparo no cenário e me contenho,
Em dias entre enganos tão absortos.
Mereço qualquer chance de tentar
Sem mesmo noutro instante ou num lugar
Diverso do que possa me trazer,
Enquanto presumisse em solilóquio,
O quanto deste engano ainda invoque-o,
Tramando o quanto resta do meu ser.
Marcos Loures
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