SACRIFÍCIO
Eu me ofereço; amor, em sacrifício.
As carnes, olhos, pelos, dentes risos...
Fazendo do prazer teu santo ofício,
Esbarro nos desejos, paraísos...
Chegando em teus beirais, no precipício,
Eu mergulho meus lábios tão precisos
E volto novamente em doce vício
Perdemos nossos medos, nossos sisos...
No altar em devoção, corredeiras...
Misturas dos humores, cachoeiras...
Seguimos noite adentro, dentro e fora.
Bocas em turbilhão, em ondas, rios
Em sacrifício, amor, não vou embora,
Louvores tão profanos e vadios.
MARCOS LOURES
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